domingo, 1 de novembro de 2009

A BELEZA NA QUAL ME ANIQUILO...

"Se digo que sonho o ruído das flores, minto.
Perco-me num labirinto de imagens.
Estou além do que penso e aquém do que sinto.
Todas as asas de um mesmo jogo.
Todos os rostos de um só cenário.
Plumas selvagens que adornam o louco.
Se digo que sorvo este veio.
Este abismo.
As flores me tragam em seus orifícios.
Estrelas são patas.
Estrias claras da brisa.
O resto são armas. A guerra e o atrito.
A degustação suave da aurora.
E a beleza na qual me aniquilo..."
(Rodrigo Petronio)

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