domingo, 8 de novembro de 2009

DO ESCROTO ATÉ O PESCOÇO

"Pelos poros das paredes brotam gotas de orvalho.
Pelas frestas da janelas urgem luzes coloridas
que derramam no assoalho toda a seiva desta vida.
Pelas dobras pelos cantos, nascem lírios e begônias,
samambaias deitam água se alimentam os gerânios.
E o colibri já fez seu ninho recheado dos meus sonhos.
Lá no teto envolta em teias, a aranha observa,
que entre as teclas do piano crescem ervas, cogumelos,
e o poeta alucinado, guardião dos desenganos.
Lua cheia quando lambe do escroto até o pescoço,
o cabra vira demente, vive de falar bobagens,
não mais consegue se aprumar..."
(Naldo Velho)

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