quinta-feira, 5 de novembro de 2009

FUGA...

"Apagam-se as luzes, no silêncio premeditado,
esvoaçam anôminas vibrações de aplausos inúteis e inglórios.
Sobre mim, cai o pano da verdade, a alma fica a descoberto
revelando a pura nudez da minha essência,
lentamente as emoções e os sentimentos verdadeiros,
são resgatados da mentira obscura.
Recolho-me no exíguo camarim do meu âmago,
caracterizo-me de mim, revejo-me no espelho do tempo,
e deixo de ser aquilo que quero ser, para ser o que sou.
Desenlaço das mãos, a inocência, que escondo,
quando me defendo das falsas luzes da ribalta,
acendo a ternura do meu olhar,
e experimento a liberdade de rir, chorar e gritar sem guião.
Protegida, na cumplicidade da escuridão,
solto o pesado ônus da minha existência,
desato as amarras que me confinam os movimentos,
inverto a história,
e fujo da realidade artificial que me inventaram.
Descubro então, a espontaneidade do meu sorriso,
quando saio airosamente
pela porta principal dos meus sonhos
e vou ao teu encontro..."
(Autor Desconhecido)

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