"Lá fora faz sol.
Não é mais que um sol
mas os homens olham-no e depois cantam.
Eu não sei do sol.
Sei a melodia do anjo
e o sermão quente do último vento.
Sei gritar até a aurora
quando a morte pousa nua em minha sombra.
Choro debaixo do meu nome.
Aceno lenços na noite
e barcos sedentos de realidade dançam comigo.
Oculto cravos
para escarnecer meus sonhos enfermos.
Lá fora faz sol.
Eu me visto de cinzas..."
(Alejandra Pizarnik)
sexta-feira, 6 de novembro de 2009
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