segunda-feira, 9 de novembro de 2009

MEMÓRIA LIVRE DE LEILA

"Essa menina livre que Deus chamou
Essa mulher de sol que se deu e amou
Essa viola amiga que harmonizou guerra e liberdade
Essa bruxa solta pela cidade não vai partir, não vai morrer...
Essa verdade santa que fez igual
O coração e a carne e o bem e o mal
Essa paixão de vidro que abria o peito de quem sofria
Que abria a flor pra quem não sabia não vai secar, não vai calar...
E esses amantes livres que já nasceram
Vão ser iguais no amor homens e mulheres
Vão ser o mesmo barro no mesmo chão
A mesma porta aberta com a mesma mão
Lá fora a mesma chance e o mesmo perdão
E que da tua boca não saia mais
O que faz dois amantes dois desiguais
E que na tua cuca não entre mais essa diferença
Que faz tombar uma companheira que vem somar, que vem amar...
E essa menina livre que Deus chamou
Essa mulher de sol que se deu e amou
Essa viola amiga que harmonizou guerra e liberdade
Essa bruxa solta pela cidade não vai partir, não vai morrer...
Vai viver no amor de cada mulher..."
(Taiguara- pela morte de Leila Diniz)

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