sexta-feira, 6 de novembro de 2009

MENTIRA

"Acreditei na vida, e foi assim que,
cheia de alegria e de esperança,
deixei alimentar dentro de mim
um amor puro e ledo, de criança.
Pensei ter alcançado então, o fim
por mim tão desejado, e, sem tardança,
senti-me venturosa, escrava enfim,
julgando meu o que ninguém alcança.
Mas, ai! Tu só mentiste.
E foi em vão que tentei afogar no coração
o pranto desta mágoa que delira..
O teu amor, que tanto ambicionei
e a que tão loucamente me entreguei,
não passava, afinal, de uma mentira..."
(Helena Verdugo Afonso)

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