sexta-feira, 6 de novembro de 2009

O POEMA...

"A verdadeira mão que o poeta estende
não tem dedos:
é um gesto que se perde
no próprio ato de dar-se.
O poeta desaparece
na verdade da sua ausência,
dissolve-se no biombo da escrita.
O poema é a única, a verdadeira mão
que o poeta estende
E quando o poema é bom
não te aperta a mão:
aperta-te a garganta..."
(Ana Hatherly)

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