domingo, 15 de novembro de 2009

O VENTO E EU

"O vento morria de tédio
Porque apenas gostava de cantar
Mas não tinha letra alguma
para a sua própria voz,
Cada vez mais vazia...
Tentei então compor-lhe uma canção
Tão comprida como a minha vida
E com aventuras espantosas
que eu inventava de súbito,
Como aquela em que menino
eu fui roubado pelos ciganos
E fiquei vagando sem pátria,
sem família, sem nada neste vasto mundo...
Mas o vento, por isso
Me julga agora como ele...
E me dedica um amor solidário,
profundo!"
(Mario Quintana)

Nenhum comentário: