"Ofereço um sorriso...
A quem me dedicou um carinho,
A quem me deu um afago, um sentido
A quem me fez bem.
Àqueles que estiveram comigo quando eu chorava...
Que participaram da minha vida.
Aos nobres do sentir, aos ricos do viver
Aos generosos imperadores do amor...
Aqueles que simplesmente foram meus amigos,
Àqueles que romperam o silêncio com uma linda música,
Que cantaram comigo, que me olharam e me sentiram.
Àqueles que realmente marcaram a minha vida...
À esses... ofereço o meu sorriso."
quinta-feira, 17 de julho de 2008
NÃO POSSO...
"Não posso ser o que não vive em mim,
Nem posso dar o que não possuo
Minha alma é pura, livre de malícias,
Meu corpo é humano e frágil.
Minhas palavras são cânticos,
Meus gestos são carinhos,
Meu olhar um ninho
Que te acolhe e agasalha!
Não podes ser o que não vive em ti
Então renasça para a verdade
Destrói seu ego inflado
Reduz suas ironias
Se transforme,
Para dar de graça,
O que de graça recebeste um dia..."
(Autor Desconhecido)
Nem posso dar o que não possuo
Minha alma é pura, livre de malícias,
Meu corpo é humano e frágil.
Minhas palavras são cânticos,
Meus gestos são carinhos,
Meu olhar um ninho
Que te acolhe e agasalha!
Não podes ser o que não vive em ti
Então renasça para a verdade
Destrói seu ego inflado
Reduz suas ironias
Se transforme,
Para dar de graça,
O que de graça recebeste um dia..."
(Autor Desconhecido)
quarta-feira, 16 de julho de 2008
JOGO DE ESPELHOS
Não quero ser original.
Duvido mesmo que fosse possível se o tentasse.
Contento-me em surripiar as ideias alheias.
Encosto-me naquele ponto intermédio,
pilar do ponto de tédio,
que vai de mim para o Outro.
E vou sendo levado para conversas,
locais e outras travessias do deserto.
Sinto-me invadido pelo torpor da passividade...
(Mário de Sá Carneiro)
Duvido mesmo que fosse possível se o tentasse.
Contento-me em surripiar as ideias alheias.
Encosto-me naquele ponto intermédio,
pilar do ponto de tédio,
que vai de mim para o Outro.
E vou sendo levado para conversas,
locais e outras travessias do deserto.
Sinto-me invadido pelo torpor da passividade...
(Mário de Sá Carneiro)
DENTRO E FORA DE MIM...
Dentro de mim há dois homens:
Um que vive, um que morre...
Um que nada é, um que tudo pode.
Dentro de mim há duas almas:
Uma falastrona,
Outra que se cala...
E a que dentro de mim nunca fala.
Fora de mim há o teu amor
Que dos meus olhos, sendo árdua dor,
Devora-me.
Fora de mim há um soluço triste
E mesmo que um arrependimento exista,
Não há o que crido em mim habite
E não me faça mais triste
Do que tristemente vivo.
(Paulino Vergetti Neto )
Um que vive, um que morre...
Um que nada é, um que tudo pode.
Dentro de mim há duas almas:
Uma falastrona,
Outra que se cala...
E a que dentro de mim nunca fala.
Fora de mim há o teu amor
Que dos meus olhos, sendo árdua dor,
Devora-me.
Fora de mim há um soluço triste
E mesmo que um arrependimento exista,
Não há o que crido em mim habite
E não me faça mais triste
Do que tristemente vivo.
(Paulino Vergetti Neto )
domingo, 6 de julho de 2008
TIMIDEZ
"Basta-me um pequeno gesto,
feito de longe e de leve,
para que venhas comigo
e eu para sempre te leve...
- mas só esse eu não farei.
Uma palavra calda
das montanhas dos instantes
desmancha todos os mares
e une as terras mais distantes...
- palavra que não direi.
Para que tu me adivinhes,
entre os ventos taciturnos,
apago meus pensamentos,
ponho vestidos noturnos,
- que amargamente inventei.
E, enquanto não me descobres,
os mundos vão navegando
nos ares certos do tempo,
até não se sabe quando...
- e um dia me acabarei."
(Cecília Meireles)
feito de longe e de leve,
para que venhas comigo
e eu para sempre te leve...
- mas só esse eu não farei.
Uma palavra calda
das montanhas dos instantes
desmancha todos os mares
e une as terras mais distantes...
- palavra que não direi.
Para que tu me adivinhes,
entre os ventos taciturnos,
apago meus pensamentos,
ponho vestidos noturnos,
- que amargamente inventei.
E, enquanto não me descobres,
os mundos vão navegando
nos ares certos do tempo,
até não se sabe quando...
- e um dia me acabarei."
(Cecília Meireles)
DESPEDIDA
"Fixamos num olhar o engano mútuo.
Trocamos umas palavras
por necessidade de esclarecimento.
Separamo-nos nessa noite, tão frios...
Na proximidade inventamos uma distância
Decidimos pelo melhor, um beijo no rosto
traçando uma linha de amizade
insuficiente para o estado em que acabamos
com vontade dos lábios um do outro..."
(João Bentes)
Trocamos umas palavras
por necessidade de esclarecimento.
Separamo-nos nessa noite, tão frios...
Na proximidade inventamos uma distância
Decidimos pelo melhor, um beijo no rosto
traçando uma linha de amizade
insuficiente para o estado em que acabamos
com vontade dos lábios um do outro..."
(João Bentes)
quinta-feira, 3 de julho de 2008
OS DOIS MUNDOS
"Vivemos em dois mundos
Com um portal a separá-los
Não se entra nos dois como um
O sentido é pouco ou nenhum
Será possível amá-los?
Ambos têm fundos
E ambos são moribundos
Pessoas iguais
Mas são todas diferentes
São duas selvas separadas
Várias almas penadas
São as nossas mentes
As palavras são banais
Mas são dois mundos reais
Mas nada se pode fazer
São dois mundos juntos
São duas espécies fracas
Com as costas cheias de facas
Com golpes profundos
Sem força para viver
E sem algo para renascer..."
Com um portal a separá-los
Não se entra nos dois como um
O sentido é pouco ou nenhum
Será possível amá-los?
Ambos têm fundos
E ambos são moribundos
Pessoas iguais
Mas são todas diferentes
São duas selvas separadas
Várias almas penadas
São as nossas mentes
As palavras são banais
Mas são dois mundos reais
Mas nada se pode fazer
São dois mundos juntos
São duas espécies fracas
Com as costas cheias de facas
Com golpes profundos
Sem força para viver
E sem algo para renascer..."
EU TE AMO NÃO DIZ TUDO!
O cara diz que te ama, então tá! Ele te ama.
Sua mulher diz que te ama, então assunto encerrado.
Você sabe que é amado porque lhe disseram isso,
as três palavrinhas mágicas.
Mas ouvir que é amado é uma coisa,
sentir-se amado é outra, uma diferença de quilômetros.
A demonstração de amor requer mais do que beijos,
sexo e palavras,precisa de lealdade, sinceridade, fidelidade...
Sentir-se amado,
é sentir que a pessoa tem interesse real na sua vida,
que zela pela sua felicidade,
que se preocupa quando as coisas não estão dando certo,
que coloca-se a postos para ouvir suas dúvidas
e que dá uma sacudida em você quando for preciso...
Sentir-se amado é ver que ela lembra de coisas
que você contou há dois anos atrás;
é vê-la tentar reconciliar você com seu pai,
é ver como ela fica triste quando você está triste
e como sorri com delicadeza quando diz
que você está fazendo uma tempestade em copo d'água.
Sentem-se amados aqueles que perdoam um ao outro
e que não transformam a mágoa em munição na hora da discussão....
Sente-se amado aquele que se sente aceito, que se sente inteiro.
Sente-se amado aquele que tem sua solidão respeitada,
aquele que sabe que tudo pode ser dito e compreendido.
Sente-se amado quem se sente seguro para ser exatamente como é,
sem inventar um personagem para a relação,
pois personagem nenhum se sustenta muito tempo.
Sente-se amado quem não ofega, mas suspira;
quem não levanta a voz, mas fala;
quem não concorda, mas escuta.
Agora, sente-se e escute:
Eu te amo não diz tudo!"
(Arnaldo Jabor )
Sua mulher diz que te ama, então assunto encerrado.
Você sabe que é amado porque lhe disseram isso,
as três palavrinhas mágicas.
Mas ouvir que é amado é uma coisa,
sentir-se amado é outra, uma diferença de quilômetros.
A demonstração de amor requer mais do que beijos,
sexo e palavras,precisa de lealdade, sinceridade, fidelidade...
Sentir-se amado,
é sentir que a pessoa tem interesse real na sua vida,
que zela pela sua felicidade,
que se preocupa quando as coisas não estão dando certo,
que coloca-se a postos para ouvir suas dúvidas
e que dá uma sacudida em você quando for preciso...
Sentir-se amado é ver que ela lembra de coisas
que você contou há dois anos atrás;
é vê-la tentar reconciliar você com seu pai,
é ver como ela fica triste quando você está triste
e como sorri com delicadeza quando diz
que você está fazendo uma tempestade em copo d'água.
Sentem-se amados aqueles que perdoam um ao outro
e que não transformam a mágoa em munição na hora da discussão....
Sente-se amado aquele que se sente aceito, que se sente inteiro.
Sente-se amado aquele que tem sua solidão respeitada,
aquele que sabe que tudo pode ser dito e compreendido.
Sente-se amado quem se sente seguro para ser exatamente como é,
sem inventar um personagem para a relação,
pois personagem nenhum se sustenta muito tempo.
Sente-se amado quem não ofega, mas suspira;
quem não levanta a voz, mas fala;
quem não concorda, mas escuta.
Agora, sente-se e escute:
Eu te amo não diz tudo!"
(Arnaldo Jabor )
EU SEI, MAS NÃO DEVIA...
Eu sei que a gente se acostuma.
Mas não devia.
A gente se acostuma a acordar de manhã
sobressaltado porque está na hora.
A tomar o café correndo porque está atrasado.
A ler o jornal no ônibus para não perder o tempo da viagem.
A comer sanduíche porque não dá para almoçar.
A sair do trabalho porque já é noite.
A cochilar no ônibus porque está cansado.
A deitar cedo e dormir pesado sem ter vivido o dia.
A gente se acostuma
a pagar por tudo o que deseja e o de que necessita.
E a lutar para ganhar o dinheiro com que pagar.
E a pagar mais do que as coisas valem.
E a saber que cada vez pagará mais.
E a procurar mais trabalho, para ganhar mais dinheiro,
para ter com que pagar nas filas em que se cobra.
A gente se acostuma à poluição.
Às salas fechadas de ar condicionado e cheiro de cigarro.
A gente se acostuma a coisas demais, para não sofrer.
Em doses pequenas, tentando não perceber,
afasta uma dor aqui, um ressentimento ali, uma revolta acolá.
Se a praia está contaminada,
a gente molha só os pés e sua no resto do corpo.
Se o cinema está cheio,
a gente senta na primeira fila e torce um pouco o pescoço.
Se o trabalho está duro a gente pensa no fim de semana.
E se no fim de semana não há muito o que fazer,
a gente dorme cedo e fica satisfeito porque tira o atrasado.
A gente se acostuma
para não se ralar na aspereza, para preservar a pele.
A gente se acostuma
para evitar feridas, sangramentos, para poupar o peito.
A gente se acostuma para poupar a vida.
Que aos poucos se gasta, e que gasta de tanto se acostumar,
e se perde de si mesma..."
(Marina Colassanti)
Mas não devia.
A gente se acostuma a acordar de manhã
sobressaltado porque está na hora.
A tomar o café correndo porque está atrasado.
A ler o jornal no ônibus para não perder o tempo da viagem.
A comer sanduíche porque não dá para almoçar.
A sair do trabalho porque já é noite.
A cochilar no ônibus porque está cansado.
A deitar cedo e dormir pesado sem ter vivido o dia.
A gente se acostuma
a pagar por tudo o que deseja e o de que necessita.
E a lutar para ganhar o dinheiro com que pagar.
E a pagar mais do que as coisas valem.
E a saber que cada vez pagará mais.
E a procurar mais trabalho, para ganhar mais dinheiro,
para ter com que pagar nas filas em que se cobra.
A gente se acostuma à poluição.
Às salas fechadas de ar condicionado e cheiro de cigarro.
A gente se acostuma a coisas demais, para não sofrer.
Em doses pequenas, tentando não perceber,
afasta uma dor aqui, um ressentimento ali, uma revolta acolá.
Se a praia está contaminada,
a gente molha só os pés e sua no resto do corpo.
Se o cinema está cheio,
a gente senta na primeira fila e torce um pouco o pescoço.
Se o trabalho está duro a gente pensa no fim de semana.
E se no fim de semana não há muito o que fazer,
a gente dorme cedo e fica satisfeito porque tira o atrasado.
A gente se acostuma
para não se ralar na aspereza, para preservar a pele.
A gente se acostuma
para evitar feridas, sangramentos, para poupar o peito.
A gente se acostuma para poupar a vida.
Que aos poucos se gasta, e que gasta de tanto se acostumar,
e se perde de si mesma..."
(Marina Colassanti)
PEDAÇOS DE MIM
Eu sou feito de sonhos interrompidos
Detalhes despercebidos
Amores mal resolvidos...
Sou feito de choros sem ter razão
Pessoas no coração
Atos por impulsão...
Sinto falta de lugares que não conheci
Experiências que não vivi
Momentos que já esqueci...
Eu sou amor e carinho constante
Distraída até o bastante
Não paro por instante...
Já tive noites mal dormidas
Perdi pessoas muito queridas
Cumpri coisas não-prometidas...
Muitas vezes eu desisti sem mesmo tentar
Pensei em fugir, para não enfrentar
Sorri para não chorar...
Eu sinto pelas coisas que não mudei
Amizades que não cultivei
Aqueles que eu julguei
Coisas que eu falei...
Tenho saudade de pessoas que fui conhecendo
Lembranças que fui esquecendo
Amigos que acabei perdendo...
Mas continuo vivendo
e aprendendo...
(Martha Medeiros)
Detalhes despercebidos
Amores mal resolvidos...
Sou feito de choros sem ter razão
Pessoas no coração
Atos por impulsão...
Sinto falta de lugares que não conheci
Experiências que não vivi
Momentos que já esqueci...
Eu sou amor e carinho constante
Distraída até o bastante
Não paro por instante...
Já tive noites mal dormidas
Perdi pessoas muito queridas
Cumpri coisas não-prometidas...
Muitas vezes eu desisti sem mesmo tentar
Pensei em fugir, para não enfrentar
Sorri para não chorar...
Eu sinto pelas coisas que não mudei
Amizades que não cultivei
Aqueles que eu julguei
Coisas que eu falei...
Tenho saudade de pessoas que fui conhecendo
Lembranças que fui esquecendo
Amigos que acabei perdendo...
Mas continuo vivendo
e aprendendo...
(Martha Medeiros)
sábado, 21 de junho de 2008
O MEDO DO AMOR
"O amor, tão nobre, tão denso, tão intenso, acaba.
Rasga a gente por dentro,
faz um corte profundo que vai do peito até a virilha,
o amor se encerra bruscamente
porque de repente uma terceira pessoa surgiu
ou simplesmente porque não há mais interesse ou atração, sei lá,
vá saber o que interrompe um sentimento, é mistério indecifrável.
Mas o amor termina, mal-agradecido,
termina, e termina só de um lado,
nunca se encerra em dois corações ao mesmo tempo,
desacelera um antes do outro, e vai um pouco de dor pra cada canto.
Dói em quem tomou a iniciativa de romper,
porque romper não é fácil, quebrar rotinas é sempre traumático.
Além do amor existe a amizade que permanece
e a presença com que se acostuma,
romper um amor não é bobagem, é fato de grande responsabilidade,
é uma ferida que se abre no corpo do outro, no afeto do outro,
e em si próprio, ainda que com menos gravidade.
E ter o amor rejeitado, nem se fala, é fratura exposta,
definhamos em público, encolhemos a alma,
quase desejamos uma violência qualquer vinda da rua
para esquecermos dessa violência vinda do tempo gasto e vivido,
esse assalto em que nos roubaram tudo,
o amor e o que vem com ele, confiança e estabilidade.
Sem o amor, nada resta, a crença se desfaz,
o romantismo perde o sentido,
músicas idiotas nos fazem chorar dentro do carro.
Passa a dor do amor, vem a trégua, o coração limpo de novo,
os olhos novamente secos, a boca vazia.
Nada de bom está acontecendo, mas também nada de ruim.
Um novo amor? Nem pensar. Medo, respondemos.
Que corajosos somos nós, que apesar de um medo tão justificado,
amamos outra vez e todas as vezes que o amor nos chama,
fingindo um pouco de resistência
mas sabendo que para sempre é impossível recusá-lo..."
(Marhta Medeiros)
Rasga a gente por dentro,
faz um corte profundo que vai do peito até a virilha,
o amor se encerra bruscamente
porque de repente uma terceira pessoa surgiu
ou simplesmente porque não há mais interesse ou atração, sei lá,
vá saber o que interrompe um sentimento, é mistério indecifrável.
Mas o amor termina, mal-agradecido,
termina, e termina só de um lado,
nunca se encerra em dois corações ao mesmo tempo,
desacelera um antes do outro, e vai um pouco de dor pra cada canto.
Dói em quem tomou a iniciativa de romper,
porque romper não é fácil, quebrar rotinas é sempre traumático.
Além do amor existe a amizade que permanece
e a presença com que se acostuma,
romper um amor não é bobagem, é fato de grande responsabilidade,
é uma ferida que se abre no corpo do outro, no afeto do outro,
e em si próprio, ainda que com menos gravidade.
E ter o amor rejeitado, nem se fala, é fratura exposta,
definhamos em público, encolhemos a alma,
quase desejamos uma violência qualquer vinda da rua
para esquecermos dessa violência vinda do tempo gasto e vivido,
esse assalto em que nos roubaram tudo,
o amor e o que vem com ele, confiança e estabilidade.
Sem o amor, nada resta, a crença se desfaz,
o romantismo perde o sentido,
músicas idiotas nos fazem chorar dentro do carro.
Passa a dor do amor, vem a trégua, o coração limpo de novo,
os olhos novamente secos, a boca vazia.
Nada de bom está acontecendo, mas também nada de ruim.
Um novo amor? Nem pensar. Medo, respondemos.
Que corajosos somos nós, que apesar de um medo tão justificado,
amamos outra vez e todas as vezes que o amor nos chama,
fingindo um pouco de resistência
mas sabendo que para sempre é impossível recusá-lo..."
(Marhta Medeiros)
SUMI...
“Sumi porque só faço besteira em sua presença,
fico mudo quando deveria verbalizar,
digo um absurdo atrás do outro quando melhor seria silenciar,
faço brincadeiras de mau gosto e sofro antes,
durante e depois de te encontrar.
Sumi porque não há futuro e isso não é o mais difícil de lidar,
pior é não ter presente e o passado ser mais fluido que o ar.
Sumi porque não há o que se possa resgatar,
meu sumiço é covarde mas atento, meio fajuto, meio autêntico.
Sumi porque sumir é um jogo de paciência,
ausentar-se é risco e sapiência, pareço desinteressado,
mas sumi para estar para sempre do seu lado,
a saudade fará mais por nós dois que nosso amor
e sua desajeitada e irrefletida permanência.”
(Martha Medeiros)
fico mudo quando deveria verbalizar,
digo um absurdo atrás do outro quando melhor seria silenciar,
faço brincadeiras de mau gosto e sofro antes,
durante e depois de te encontrar.
Sumi porque não há futuro e isso não é o mais difícil de lidar,
pior é não ter presente e o passado ser mais fluido que o ar.
Sumi porque não há o que se possa resgatar,
meu sumiço é covarde mas atento, meio fajuto, meio autêntico.
Sumi porque sumir é um jogo de paciência,
ausentar-se é risco e sapiência, pareço desinteressado,
mas sumi para estar para sempre do seu lado,
a saudade fará mais por nós dois que nosso amor
e sua desajeitada e irrefletida permanência.”
(Martha Medeiros)
HOJE EU QUERO AGRADECER...
"Hoje eu quero agradecer a todas as pessoas
que passaram pela minha vida até agora.
Quero agradecer aquelas que me deram amor,
que sorriram pra mim quando eu precisava;
que afagaram meus cabelos enquanto eu chorava;
que me indicaram os caminhos;
que seguraram minha mão e disseram:
"- vai em frente" quando eu dizia "não consigo".
Agradecer aqueles que duvidaram de mim,
que disseram que eu não era capaz e que deveria desistir;
afinal foi por causa dessas pessoas que eu venci meus limites,
que desafiei os acontecimentos e circunstancias.
Foram essas pessoas que me impulsionaram a ser quem sou.
Agradecer a todos os sonhadores,
que mesmo falhando me convenceram que valia a pena tentar.
Aos que me deram atenção e aos que me negaram também,
isso facilitou distinguir o os amigos dos conhecidos.
Agradecer aqueles que me repreenderam severamente,
que me podaram o sentimento, que me traíram,
que me trocaram por outras pessoas, que me fizeram chorar,
que me magoaram que me tiraram o chão,
que me desfiguraram os sonhos, pois com essas pessoas
conheci a face da dor e da desilusão
e pude aprender tudo o que não se deve fazer para alguém.
Mas... Acima de tudo, quero agradecer aquelas pessoas amargas,
corruptas, egoístas, traiçoeiras, invejosas, torturadoras,
manipuladoras, sem caráter, que cruzaram o meu caminho,
pois com essas pessoas eu aprendi
a lição mais importante da minha vida:
O tipo de pessoa que eu não quero ser...".
(Maria Rita Avelar)
que passaram pela minha vida até agora.
Quero agradecer aquelas que me deram amor,
que sorriram pra mim quando eu precisava;
que afagaram meus cabelos enquanto eu chorava;
que me indicaram os caminhos;
que seguraram minha mão e disseram:
"- vai em frente" quando eu dizia "não consigo".
Agradecer aqueles que duvidaram de mim,
que disseram que eu não era capaz e que deveria desistir;
afinal foi por causa dessas pessoas que eu venci meus limites,
que desafiei os acontecimentos e circunstancias.
Foram essas pessoas que me impulsionaram a ser quem sou.
Agradecer a todos os sonhadores,
que mesmo falhando me convenceram que valia a pena tentar.
Aos que me deram atenção e aos que me negaram também,
isso facilitou distinguir o os amigos dos conhecidos.
Agradecer aqueles que me repreenderam severamente,
que me podaram o sentimento, que me traíram,
que me trocaram por outras pessoas, que me fizeram chorar,
que me magoaram que me tiraram o chão,
que me desfiguraram os sonhos, pois com essas pessoas
conheci a face da dor e da desilusão
e pude aprender tudo o que não se deve fazer para alguém.
Mas... Acima de tudo, quero agradecer aquelas pessoas amargas,
corruptas, egoístas, traiçoeiras, invejosas, torturadoras,
manipuladoras, sem caráter, que cruzaram o meu caminho,
pois com essas pessoas eu aprendi
a lição mais importante da minha vida:
O tipo de pessoa que eu não quero ser...".
(Maria Rita Avelar)
CARTA
"Nunca estive tão sozinho
nos caminhos da tristeza
nos campos de outra nobreza
nos lagos de tanto vinho.
Nunca estive tão sofrido
nos trilhos da solidão
nas carreiras da paixão
nas dentadas desse pão.
Nunca estive tão cansado
nas calmarias de um bar
nas paradas de um olhar
nas tatuagens de um fado.
Nunca estive tão assim
tanta rama e tanta gana
tão maduro e tão sem cama
tão seguro e tão sem fim...
(Ruy Guerra)
nos caminhos da tristeza
nos campos de outra nobreza
nos lagos de tanto vinho.
Nunca estive tão sofrido
nos trilhos da solidão
nas carreiras da paixão
nas dentadas desse pão.
Nunca estive tão cansado
nas calmarias de um bar
nas paradas de um olhar
nas tatuagens de um fado.
Nunca estive tão assim
tanta rama e tanta gana
tão maduro e tão sem cama
tão seguro e tão sem fim...
(Ruy Guerra)
MEU HOMEM
"Meu homem é o meu pão dormido
Inteiro, calçado
Restos jogados na cama
Sonho torto agoniado.
Meu homem é meu sala e quarto
Conjugado na tristeza
É o aluguel adiado
É má fama, cama e mesa
Meu homem traz os seus olhos vazios, vazados
Traz o seu corpo sumido, surrado
De janelas e viagens, de mares, mágoas e bares
Traz as paisagens sofridas, batidas de vento
Sol rubro, meu homem.
Meu homem é roupa suja
Que eu olho rindo, demente
Lavando a limpo o passado
Passando a ferro o presente.
Meu homem nos seus trancos e barrancos
Nos gostos tortos e mancos
Faz coisas do Deus dará, meu homem
Traz no corpo um cheiro de mulher
E uma cicatriz mordida no peito.
E pra mim que tanto o amei
E que ainda o sei de cor
De ponta a ponta, palmo a palmo
Esta blasfemia, meu homem.
Sempre indeciso,
Traz um sorriso amarelo,
Um coração de farelo.
Meu homem é meu entulho
Meu zelador descuidado
É meu feijão de gorgulho
Meu desejo enguiçado.
Meu homem não vale nada eu sei
Mas foi tudo o que encontrei..."
(Ruy Guerra)
Inteiro, calçado
Restos jogados na cama
Sonho torto agoniado.
Meu homem é meu sala e quarto
Conjugado na tristeza
É o aluguel adiado
É má fama, cama e mesa
Meu homem traz os seus olhos vazios, vazados
Traz o seu corpo sumido, surrado
De janelas e viagens, de mares, mágoas e bares
Traz as paisagens sofridas, batidas de vento
Sol rubro, meu homem.
Meu homem é roupa suja
Que eu olho rindo, demente
Lavando a limpo o passado
Passando a ferro o presente.
Meu homem nos seus trancos e barrancos
Nos gostos tortos e mancos
Faz coisas do Deus dará, meu homem
Traz no corpo um cheiro de mulher
E uma cicatriz mordida no peito.
E pra mim que tanto o amei
E que ainda o sei de cor
De ponta a ponta, palmo a palmo
Esta blasfemia, meu homem.
Sempre indeciso,
Traz um sorriso amarelo,
Um coração de farelo.
Meu homem é meu entulho
Meu zelador descuidado
É meu feijão de gorgulho
Meu desejo enguiçado.
Meu homem não vale nada eu sei
Mas foi tudo o que encontrei..."
(Ruy Guerra)
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