"Arranham-te as carnes, minhas garras de fêmea no cio.
como uma gata vadia, me enrolo em teus braços
endeusando teu corpo -objeto do meu desejo-,
como se nosso gozo nos perpetuasse amantes,
como se a satisfação pudesse fazer brotar amor
desse teu coração petrificado e frio...
Tento rasgar-te a pele, chegar ao teu âmago,
fazer sangrar teu peito, de emoção e prazer,
como se houvesse uma entrada para mim;
como se meu corpo fizesse amor com tua alma,
e tua alma fizesse moradia em meu corpo...
Lânguidos de prazer, depois do ato,
busco um brilho em teu olhar opaco,
sondando o que está parado no ar:
estáticos carinhos, mecânicos,
isentos do sentimento que pretendo,
em ti, despertar...
Somos muitos quando nos separamos,
somos dois quando nos encontramos,
mas como separar amor e cama
se formamos um quando nos deitamos
e se ainda te desejo quando não estás?"
(Thaty Marcondes)
segunda-feira, 25 de janeiro de 2010
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