domingo, 17 de outubro de 2010

QUANDO O AMOR VAI EMBORA...

"Quando o amor resolve partir
Geralmente ele não sabe pra onde ir
Ele também nunca deixa um recado
E segue por aí arrasado
Quando ele decide que chegou a sua hora
Não existe nenhuma história
Que consiga prendê-lo
Nenhuma lembrança que possa detê-lo
Nada que o faça ficar
Quando acontece do amor acabar
Não nos avisa se depois vai voltar
Não nos confidencia se vai reviver
Quando ele termina, só nos faz sofrer
Quando o amor desliza por entre os dedos
Cheio de medos
E não ouve os nossos apelos
É sinal que ele se atropelou
Se partiu e se quebrou
Quando o amor vai embora
Deixa uma chaga aberta no peito
Uma esperança de vê-lo refeito
E quando ele foge pra lugares distantes
Quando se perde por entre momentos intrigantes
Por entre frases decepcionantes
É sinal que ele ficou fraco
Que virou um farrapo
Amor de verdade tem que ter qualidade
Equilíbrio e quantidade
Tem que ter sinceridade
Pode ser passivo de estragos, mas com consertos
Pode esmorecer, mas tem que saber sobreviver
Quando o amor realmente vai embora
E com ele carrega um peso dos ombros
E consegue logo remover os escombros
É porque ele definitivamente acabou
Mas quando o amor vai embora
Alguma cicatriz ele deixou
Algum arrependimento
Alguma dor, algum lamento
E aí vem o tempo...
O grande companheiro
E faz parecer que nada foi verdadeiro
Cada dia que passa, cada ano que se vai
Carrega todas as lembranças
Carrega as tristezas e as desconfianças
E aí... tropeça-se em outro amor
Esquece que já se viveu tanta dor
Quando um amor vai embora
Significa que chegou a hora
De apagar o passado
Olhar pro lado... e recomeçar
Quem sabe um novo amor encontrar..."
(Silvana Duboc)

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

AMOR ADORMECIDO

"A vida é um eterno buscar
Buscar o possível em quem sabe o impossível
Impossível que instigar a ir mais longe
Mais longe fazer o que?
Buscar o que perdeu ?
Não, buscar o que é teu e que estava guardado
Guardado somente pra ti
Tu que viestes buscar o que nem sabia que já era teu
Por isso ele te reconheceu primeiro
E te contou quem era e o que fazia
Adormeceu te esperando, mas assim que te viu, despertou
E te lembrou que ele era teu, só teu
E que te esperou e muito mais esperaria
Até que que o teu buscar chegasse até ele...
Ele enfim te enlaçou e murmurou...
"Me leva contigo por que sou só teu desde sempre
Sou o teu amor,aquele que achavas perdido,
Mas eu só estava adormecido...
Esperando até que estivesses pronta pra mim..."
(Denise do Amaral)

terça-feira, 12 de outubro de 2010

ÁPICE DO AMOR

"Ama-me com todas as urgências
Com toda a fome que as distâncias nos fizeram...
Ama-me com todos os defeitos
Com todas as verdades, que as mentiras negaram.
Ama-me do teu jeito, sem molduras, sem Verniz,
Em toda tua autenticidade.
Ama-me com ternura, com a força da sensualidade,
Com a razão e a loucura do amor.
Ama-me mesmo que para os outros seja sem nexo,
Nossa química não se explica,
s sente e multiplica...
Ama-me um tanto do que te amo
e saberá o que é o êxtase da felicidade..."
(Maxuel Scorpiano )

QUERO ALGUÉM...

"Quero alguém...
que decifre as minhas músicas
Que desvende os meus segredos
E venere os meus mistérios
Alguém para estancar todo esse sangue
a sensualidade contida e esse desejo que verte
e não encontra calhas onde escoar
Quero que percorra meus sons com os dedos
Que adentre essas cavernas
Que descubra esses caminhos
Alguém que termine as minhas deixas
Que, a cada frase que irrita, me complete
E a cada poro que grita, me liberte
Quero bom dia e a vontade de querer o dia inteiro
Quero gosto e quero cheiro
Quero toque e quero pele
Mas não quero tudo assim, exposto
Eu quero em partes, em etapas
E também não quero parte
Eu quero alguém.
E quero inteiro..."
(Karol Felicio)

CAMINHO

"Tenho sonhos cruéis; n'alma doente
Sinto um vago receio prematuro.
Vou a medo na aresta do futuro,
Embebido em saudades do presente...

Saudades desta dor que em vão procuro
Do peito afugentar bem rudemente,
Devendo, ao desmaiar sobre o poente,
Cobrir-me o coração dum véu escuro!...

Porque a dor, esta falta d'harmonia,
Toda a luz desgrenhada que alumia
As almas doidamente, o céu d'agora,

Sem ela o coração é quase nada:
Um sol onde expirasse a madrugada,
Porque é só madrugada quando chora."

(Camilo Pessanha)

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

MUITO ALÉM DO JARDIM

"Nosso amor morreu tao cedo
Durou o tempo exato da agonia,
Foi pro espaço muito além do jardim
Desafinou, quebrou o instrumento
Nosso amor não teve medo
Foi fulminante como um raio em noite, violento
Em tão pouco tempo e tão feliz quanto sim
Um desafio a mais ao sofrimento
Foi um tempo de um brilho intenso, embriagador
Justo quando eu me acliamatava o ar faltou
No instante em que acelerava, o sinal fechou
Peixe que fora d'água me escapou
No momento em que me sentava, o filme acabou
Foi como um edificio novo que desabou...
Foi como o incontrolavel fogo que se apagou
Foi novamente o tapa brutal da dor..."
(Sérgio Sampaio)