sábado, 31 de maio de 2008

IMAGINE...

"Imagine não haver o paraiso
É fácil se você tentar
Nem inferno abaixo de nós
Acima de nós, só o céu
Imagine todas as pessoas
Viver por hoje
Imagine que não há nenhum país
Não é difícil imaginar
Nenhum motivo para matar ou morrer
E nem religião, também
Imagine todas as pessoas
Vivendo a vida em paz
Você pode dizer que eu sou um sonhador
Mas eu não sou o único
Espero que um dia você junte-se a nós
E o mundo viverá como um só
Imagine que não ha posses
Eu me pergunto se você pode
Sem a necessidade de ganância ou fome
Uma irmandade dos homens
Imagine todas as pessoas
Partilhando todo o mundo
Você pode dizer que eu sou um sonhador
Mas eu não sou o único
Espero que um dia você junte-se a nós
E o mundo será como um só..."
(John Lennon)

segunda-feira, 26 de maio de 2008

O CICLO DA VIDA

"A coisa mais injusta sobre a vida é a maneira como ela termina.
Eu acho que o verdadeiro ciclo da vida está todo de trás pra frente.
Nós deveríamos morrer primeiro, nos livrar logo disso.
Daí viver num asilo,
até ser chutado pra fora de lá por estar muito novo.
Ganhar um relógio de ouro e ir trabalhar.
Então você trabalha 40 anos até ficar novo
o bastante pra poder aproveitar sua aposentadoria.
Aí você curte tudo,
bebe bastante álcool, faz festas e se prepara pra faculdade.
Você vai pro colégio, tem várias namoradas, vira criança,
não tem nenhuma responsabilidade,
se torna um bebezinho de colo,
volta pro útero da mãe,
passa seus últimos nove meses de vida flutuando...
E termina tudo com um ótimo orgasmo!
Não seria perfeito?"
(Charles Chaplin)

QUERO... NÃO QUERO...

"eu quero o excesso
eu não quero o imenso
vivo do intenso que me circunda
eu não quero máscara,
a cara oculta
só quero aquilo que me desnuda.
Não quero o cativo
eu não quero o exclusivo
ou livro de auto-ajuda
quero o coletivo, a massa,
o show na praça
o concerto com entrada gratuita.
tudo é mais barato,
esse mundo é farto
o demasiado é que dificulta.
eu não quero pouco:
só quero tudo,
pelo tempo todo,
pra todo mundo..."
(Celso Viáfora)

sexta-feira, 23 de maio de 2008

ORAÇÃO DE UM PESCADOR...

"Que não se desliguem de mim, os sonhos.
Nem a liberdade.
Que não se desfaça em mim a vontade,
De seguir em frente, de findar viagem,
Que mais que finda é início,
De novo sonho, De infindas vias, de estradas mil.
Onde a realidade se mistura com a miragem...
Que não me deixem órfãos, os ideais.
De liberdade.
Que não se esmaeça em mim a saudade,
De abraçar o ontem, de me fazer aragem,
Que mais que brisa é vento,
De novo barco,
De novas velas, de mares meus
De mergulhos mil, de descobertas infindas,
Onde as águas se misturem com a viagem.
Que não se despeça de mim, o mar.
Nem o amar.
Nem o amor à liberdade.
Pois se isso acontecer,
Não mais serei o mar,
A brisa,
O sonho,
Ou a Liberdade...
Serei espuma do nada.
E em nada me tornarei..."
(Autor Desconhecido)

EU ACHO...

"Eu acho bonito gente que usa cinto de segurança,
gente que desliga o celular no cinema,
gente que respeita o espaço alheio.
Acho sexy mulher que ganha seu próprio dinheiro,
admiro homem que trabalha duro,
que estaciona o carro, mesmo longe, pra pegar os filhos na escola.
Tenho quase tesão por gente que cobra nota fiscal na loja,
por gente que pede desculpas no trânsito,
por gente que dá bom dia pro porteiro.
Chego a esboçar leves sorrisos
quando vejo alguém ajudando os outros,
devolvendo o que não é seu, tratando chefes sem bajulação,
apagando o cigarro na presença de crianças.
Minha rejeição não é ao pecado, mas ao pecador.
Não sou Deus, tenho a liberdade de ser e fazer o contrário dele.
Ele ama o pecador, não o pecado.
Eu sou o inverso. Aceito o pecado, mas detesto o pecador.
Detesto quem rouba, quem xinga, quem falta com o respeito.
Acho brega gente que mente,
acho cafona e subdesenvolvida gente que puxa saco,
gente que desvia dinheiro público,
gente que recebe sem trabalhar,
gente que maltrata bichos,
gente que emprega parente,
gente que anda pelo acostamento
e gente que fura fila.
Pra mim, falar alto ao telefone num restaurante
é tão deseducado quanto arrotar em frente à rainha.
Pra mim, receber troco a mais e não dizer nada
é o mesmo que soltar um sonoro flato num elevador lotado.
Pra mim, estacionar em vaga de deficiente no shopping
é o mesmo que limpar meleca debaixo da mesa do escritório:
espírito de porco.
Sim, porque no fim meus princípios
agem mais como receptores do que como transmissores.
Sinto atração por gente simpática,
por gente honesta,
por gente elegante.
Por isso e por um punhado de outras coisas
tenho poucos e valiosos amigos,
gente que tem endereço fixo,
conta bancária modesta,
ficha limpa na polícia,
crédito livre na taberna.
Não há nada mais atraente do que gente humilde,
gente honesta, gente trabalhadora,
gente educada, gente asseada,
gente elegante, gente bacana.
Que me perdoem os mentirosos e os espíritos de porco.
Honestidade é fundamental..."
(Autor Desconhecido)

segunda-feira, 19 de maio de 2008

O HAVER

"Resta, acima de tudo, essa capacidade de ternura
essa intimidade perfeita com o silêncio.
Resta essa voz íntima pedindo perdão por tudo.
Perdoai: eles não têm culpa de ter nascido.
Resta esse antigo respeito pela noite
esse falar baixo
essa mão que tateia antes de teres
se medo de ferir tocando
essa forte mão de homem
cheia de mansidão para com tudo que existe.
Resta essa imobilidade
essa economia de gestos
essa inércia cada vez maior diante do infinito
essa gagueira infantil
de quem quer balbuciar o inexprimível
essa irredutível recusa à poesia não vivida.
Resta essa comunhão com os sons
esse sentimento da matéria em repouso
essa angústia da simultaneidade do tempo
essa lenta decomposição poética
em busca de uma só verdade uma só morte
um só Vinícius.
Resta esse coração queimando
como um círio numa catedral em ruínas
essa tristeza diante do cotidiano
ou essa súbita alegria ao ouvir na madrugada
passos que se perdem sem memória.
Resta essa vontade de chorar diante da beleza
essa cólera cega em face da injustiça e do mal-entendido
essa imensa piedade de si mesmo
essa imensa piedade de sua inútil poesia
de sua força inútil.
Resta esse sentimento da infância
subitamente desentranhado de pequenos absurdos
essa tola capacidade de rir à toa
esse ridículo desejo de ser útil
e essa coragem de comprometer-se sem necessidade.
Resta essa distração, essa disponibilidade,
essa vagueza de quem sabe que tudo já foi,
como será e virá a ser.
E ao mesmo tempo esse desejo de servir
essa contemporaneidade com o amanhã
dos que não tem ontem nem hoje.
Resta essa faculdade incoercível de sonhar,
de transfigurar a realidade
dentro dessa incapacidade de aceitá-la tal como é
e essa visão ampla dos acontecimentos
e essa impressionante e desnecessária presciência
e essa memória anterior de mundos inexistentes
e esse heroísmo estático
e essa pequenina luz indecifrável
a que às vezes os poetas tomam por esperança.
Resta essa obstinação em não fugir do labirinto
na busca desesperada de alguma porta
quem sabe inexistente
e essa coragem indizível diante do grande medo
e ao mesmo tempo esse terrível medo de renascer
dentro da treva.
Resta esse desejo de sentir-se igual a todos
de refletir-se em olhares sem curiosidade, sem história.
Resta essa pobreza intrínseca, esse orgulho,
essa vaidade de não querer ser príncipe senão do seu reino.
Resta essa fidelidade à mulher e ao seu tormento
esse abandono sem remissão à sua voragem insaciável.
Resta esse eterno morrer na cruz de seus braços
e esse eterno ressuscitar para ser recrucificado.
Resta esse diálogo cotidiano com a morte
esse fascínio pelo momento a vir, quando, emocionada,
ela virá me abrir a porta como uma velha amante
sem saber que é a minha mais nova namorada..."
(Vinícius de Mores)

domingo, 18 de maio de 2008

NÃO SOU O QUE PAREÇO

"Não sou o que pareço.
O que pareço é apenas uma vestimenta que uso
e eu uso uma vestimenta cuidadosamente tecida,
que me protege de tuas perguntas
e me protege de minha negligência.
O "Eu" em mim mora na casa do silêncio,
e lá dentro permanecerá...
Não quereria que acreditasses no que digo
nem confiasses no que faço,
pois minhas palavras
são teus próprios pensamentos em articulação;
e meus feitos,
tuas próprias esperanças em ação.
Quando dizes: "O vento sopra do leste",
eu digo: "Sim, sopra mesmo do leste",
pois não quereria que soubesses
que minha mente não mora no vento,
mora no mar..."
(Gribran Khalil Gribran)

sexta-feira, 16 de maio de 2008

AMIGA IRINÉA...

"Ao falar de vc...
A emoção me rouba as palavras
mas não consegue calar meu sentimento...
Portanto...
Que o encanto de nossas vidas entrelaçadas
nos direcione para o caminho da alegria,
percorrendo os atalhos da simplicidade
e buscando sempre encontrar a sinceridade
da beleza do sorriso que trocamos...
Que nossas vidas se encontrem numa luz
feita de afeto e verdade..."
(Luís Andrarreis)

QUANDO O SONHO ACABA

"Quando o sonho acaba,
Fica um imenso vazio,
Uma vontade de parar,
De desistir de tudo...
É um período difícil,
Em que os dias, as horas
e até os segundos são longos...
Não conseguimos prosseguir...
Até que um dia,
Um novo sonho começa
A dar o ar de sua graça,
Chega de mansinho,
Tentanto abrir suavemente
O cadeado de nosso coração...
E como todo novo sonho,
É regado de novidades
Cheio de fascinação,
Revirando os sentimentos,
Despertando emoções adormecidas,
Trazendo de volta a alegria
A a emoção de viver,
O despertar da euforia
e beleza de recomeçar..."
(Autor Desconhecido)

NÃO ME ANALISE...

"Não me analise,
Não fique procurando ponto fraco em mim.
Não busque encontrar firmeza em meu olhar,
Nem desespero em minhas atitudes...
Se ninguém resiste a uma análise profunda,
Quanto mais eu...
Ciumento, exigente, inseguro, carente...
Com a alma sangrando de desesperança,
Com um sorriso amargurado na face,
Trazendo no rosto um olhar perdido,
Todo cheio de marcas que a vida deixou.
Vejo em cada grito de exigência,
Em cada gesto de insegurança,
Um pedido de carência,
Um pedido de amor...
Por favor,
Não me analise..."
(Mirthes Mathias)

quinta-feira, 15 de maio de 2008

QUEM É VOCÊ?

"Quem é você?
Que mexeu com meus sentimentos,
Reacendeu a chama esvaecida,
Iluminou a escuridão dos meus dias!
Quem é você?
Que na sombra dos meus pensamentos se esconde,
Que tornou os sonhos possíveis,
Mas quando o chamo não responde!
Quem é você?
Que acelerou meu coração,
Tirou-me a razão,
Encheu-me de esperança,
Mas furta-me sua presença!
Quem é você?
Tecelão de sentimentos que emaranhados
Teceu com fios dourados entrelaçados,
Enredando-me a alma!
Quem é você?
Que surgiu do nada como um espectro
E de mansinho meu corpo tomou.
Mesclou seu prazer com minha solidão,
Fortalecendo-me a alma combalida!
Quem é você?
Que os meandros de minha feminilidade explorou,
Que versos poéticos à luz da Lua cantou
E uma saudade dolorida deixou!
Quem é você?
Homem inacessível,
Aos meus olhos invisível,
Mas presente em minha pele!
Quem é você?"
(Autor Desconhecido)

QUEM SOU EU...

"Sou como sou,
pronome pessoal intransferível
do homem que iniciei na medida do impossível.
Agora, sem grandes segredos dantes,
sem novos secretos dentes.
Nesta hora, eu sou como eu sou,
presente, desferrolhado, indecente,
feito um pedaço de mim..."
(Autor Desconhecido)

quarta-feira, 14 de maio de 2008

VELHOS TEMPOS...

"Fui criado com princípios morais comuns:
Quando eu era pequeno, mães, pais, professores, avós, tios,
vizinhos eram autoridades dignas de respeito e consideração.
Tinha medo apenas do escuro, dos sapos, dos filmes de terror...
Quero arrancar as grades da janela para poder tocar as flores!
Quero me sentar na varanda e dormir com a porta aberta!
Quero a honestidade como motivo de orgulho.
Quero a vergonha na cara e a solidariedade
Quero a retidão de caráter, a cara limpa e o olhar olho-no-olho.
Quero a esperança, a alegria, a confiança!
Abaixo o "ter", viva o "ser"!
E viva o retorno da verdadeira vida, simples como a chuva,
limpa como um céu de primavera, leve como a brisa da manhã!"
(Autor Desconhecido)

terça-feira, 13 de maio de 2008

BALÉ DE EMOÇÕES (aos amigos Dê, Caio e Markos)

"O sentimento que nos une é como um rio
que segue deslizando pelos caminhos da cumplicidade
desviando suavemente pelos afluentes do carinho
serpenteando entre os risos largos de felicidade...
Às vezes, crianças a brincar nas águas desse rio,
nos deixamos levar pela magia do gostar...
E nos tocamos, numa troca de carinhos verdadeiros
embalados pela canção sincera da amizade...
Que a vida nunca nos prive desses momentos de magia,
desse encontro de almas irmãs que se afinam
numa sinfonia de emoções que se encaixa
num balé de emoções fluem pelos nossos corações..."
(Luís Andrarreis)

domingo, 4 de maio de 2008

ESSE TRISTE OLHAR... (à um amor distante)

"Esse triste olhar
que me seduz, que me encanta,
que me puxa pra esse mar
revolto de emoções contidas...
Esse despertar de alegrias
que abre em mim uma felicidade aguardada,
ansiada, desejada e que se mostra viva...
Abre em minhas convicções
esse não sei o que de novidade...
Essa calma amorosa interrompida,
Esse caos se instalando em minha quietude...
Essa distância dolorosa que me instiga...
Esse carinho sonhado, aguardado,
desejado e que não se concretiza...
Me permitem te buscar em pensamento...
alçando em um vôo para dentro de você
e me alimentando da beleza de sua imagem
e sorvendo em suas palavras de carinho
o nectar do meu desejo contido..."
(Luís Andrarreis)