sábado, 20 de setembro de 2008

AGORA...

"Agora que o tempo passou e o tempo chegou
viajo nos teus olhos de noite sem parar...
Agora que a estrada se fez luz,
percebo que muito foi muito pouco para tanto querer...
Agora brigo com os meus desejos
que não calam ...não cessam...
Agora libero todo sangue
para que tudo pulse em cada movimento
desejando que este mesmo tempo seja breve...
Até minha aorta não poder mais conviver com esta ausência,
a falta do cheiro e o gosto da boca
nem a louca mão que procura, na outra,
a sua própria essência...
Agora que evaporei,
trago condensado no peito uma saudade doída
embora saiba que para ter volta é preciso ter despedida
consumo o ato num fato real e imaginário
de que agora é depois..."
(Lúcia Gönczy)

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