domingo, 16 de março de 2008

GOSTAR...

"Quando o sol derramar sobre minhas emoções
a certeza do retorno dos meus sentimentos,
uma festa multicolorida se instalará nos meus anseios...
Um balé de alegrias se instalará no meu peito,
vindo da certeza que um gesto de carinho me trouxe...
Nada que me lembre tristeza se aproximará de mim
e todo o meu corpo estará sincronizado com teu,
todas as minhas emoções serão reflexos das suas...
E a minha conexão maior se dará pelo gostar...
Gostar de saber você feliz onde e com quem estiver.
Gostar de amar você sem me preocupar com mais nada...
Apenas me deixar levar por esse sentimento,
e saber que ele será definitivo na minha vida..."
(Luís Andrarreis)

Um comentário:

ESCORPIÃO//CAPRICÓRNIO disse...

Serias capaz de jurar que acreditas mesmo que assim seria?
Desculpa-me se te questiono de forma tão direta,
mas juro-te, meu amor: não creio.
A ilusão da posse é o maior de todos os desafios
que a alma humana enfrenta diante de si mesma
na busca incessante do fim de suas dores mais intensas.
Gostar é um sentimento morno,
`a conveniência de quem não se arrisca...
O prazer se dá ao transbordar na pele o suor dos bailarinos,
no choro causado pela não reciprocidade de nossos sentimentos,
na espera interminável do gesto de amor que nunca é esboçado,
nos rituais dolorosos de ânsias não cumpridas,
na exaustão contundente dos corpos saciados.
O espetáculo dos arcos-íris conecta teu carinho ao peito do ser amado,
mas, assim como na estória, o pote de ouro jamais será encontrado...
pois diante da inconstância do vento, nada é definitivo:
ele sobrevive do movimento, do ir e vir entre os desejos,
da dança brejeira de suas inúmeras facetas,
por puro deleite, por mero capricho.
No mais, tudo é tédio e melancolia...
Quando o sol derramar sob seus raios as tuas frágeis emoções,
sentirás o ardor na pele e apressar-te-ás em lamber tuas feridas
e maldirás o sol que te atormenta roubando-te as doces delícias
que desenhas no ar, com frases tão floridas,
mas que não ousas tatuar no corpo, escancaradas, à vista...
Teus sentimentos nunca terão retorno
pois brotam de ti e seguem em via de mão única.
E assim, nesse roteiro, meu amor, te digo:
nunca chegarás à esperada festa.
Portanto, enquanto ainda é tempo, desvia.