"Morri naquele meio de tarde.
Alheio ao carnaval que corria.
Morri de beijo perdido.
E nunca mais voltei...
Passo agora, horas a fio,
tecendo grafias em queixumes de vento.
Morri sem avisar.
Enquanto vestia minha fantasia de rendas
em frente ao mar...
E a alguém fiquei devendo um lírio branco.
Não sei se pago.
Amanhã, mais uma vez, em nome de iemanjá,
Volto a ser este mesmo dia:
mãos frias de indiferença
e sopro breve de andorinha triste.
Morri, enquanto morria..."
(Marcos Caiado)
quarta-feira, 11 de novembro de 2009
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