segunda-feira, 9 de novembro de 2009

SOLIDÃO AMIGA

"Oh, solidão como tu és triste, amarga.
Tu chegas e apodera-se do ser.
Tu és tão só que ao procurar abrigo em alguém
contamina-o com tão imensa amargura
que este nem percebe
que tu somente querias não ser tão só.
É solidão, identifico-me contigo.
Procura abrigo em outro alguém
e este faz-me cada vez mais só.
Por isso solidão,
que faço de ti também meu abrigo,
não percebe minha dor ao ficar sem ele.
Por isso solidão eu tenho-te e prezo-te.
Quando quiseres abrigo acolherei-te.
Pois sei o que é querer um carinho,
uma palavra e não receber.
Por isso entendo-te solidão."
(G. A. Lima)

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