domingo, 15 de novembro de 2009

LIBERTAÇÃO

"Quando a multidão, que há de chegar,
estiver toda, toda, nas ruas,
ninguém mais se preocupará com o fio inquieto
ou torturado de meus pensamentos.
O meu vulto não projetará nenhuma sombra ao redor de mim.
Ninguém procurará compreender, ninguém!
Certamente o sentido de minha derrota
há de pairar como um signo trágico
sobre a cabeça de cada um deles,
mas será também como um signo inútil
em que ninguém atenta.
Ah, então eu serei livre, livre,
e, antes de mim, como depois de mim,
todos os mistérios poderão permanecer invioláveis."
(Emílio Moura)

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