sábado, 7 de novembro de 2009

SANGUE NOVO QUE CORRE NAS VELHAS VEIAS

"Você é um tipo de sangue novo
Que quando corre em minhas veias
Mudam as pancadas do meu coração
Dão brilho firme e certo aos meus olhos
Aumenta a força dos meus músculos
Prolonga os meus dias empurrando o tempo
Me permite ver o limite do amor entre duas pessoas
E a natureza nesse momento
sublime aplaude ao entardecer
Você é um tipo de sangue novo
Que quando corre em minhas veias
Não me deixa saber o que é saudade
Faz desse acaso o meu caso sério de amor
Dois corpos atentados que se aquecem por inteiros
Sangue sagrado que irradia contaminando as almas
E define a largura e a distancia dessa nova estrada
E dorme sereno e sonhando no canto esquerdo de sua boca
Você é um tipo de sangue novo
Que quando corre em minhas veias
Me mostra o limite sem limite do amor
E me permite tirar da morte uma lição da vida
E fazer dessa volta a mais linda canção da ida
O calor e o amor são amigos antigos e inseparáveis
Passeiam pelas ruas desse sangue, dentro de minhas veias
Param no meu cansaço
quando preciso descansar pra de novo seguir
Você é um tipo de sangue novo
Que quando corre em minhas veias
Você é isto: a mais definida paz pro meu sossego
O mais gostoso dos beijos pra quem sabe amar
Vou misturar meu sangue
nesse sangue pra se ter novo sangue
Pra quem sabe mais tarde,
lá curva da estrada, num descanso eterno
Possa contemplar seu amor junto com as estrelas,
bem perto de Deus
E morar com você perto da lua
na presença dos anjos, que moram dentro de você..."
(José Machado Veríssimo)

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