segunda-feira, 16 de novembro de 2009

SOBRE O AMOR DA MINHA VIDA...

"Pois é, encontrei o amor da minha vida.
Tem nome, é de carne e osso, cheiro e toque.
Não sei se devia acreditar,
e as vezes eu desacredito total, mas me ama também.
Agora só falta encontrar alguém com quem eu possa viver.
É que o amor da minha vida não cabe em mim
e eu não caibo nele.
Não basta que a gente se queira,
se entenda e se goste há todo esse tempo.
Não basta essa gastura em que a gente vive,
os surtos de não-vou-mais-te-ver que eu tenho
e a teimosia de esperar mais daquilo que não há de ser.
Não presta que ele mova céus e terras pra me ver
e que depois eu fique aqui,
com vontade de que volte logo e pra sempre.
Não importa que eu esqueça até o meu nome depois,
que os sentimentos corram de ambos os lados,
intensos e desarvorados.
Não é suficiente que haja amor para se viver um amor.
Eu e ele somos o sol e a lua daquele .pps velhíssimo
que tenho certeza que vc já recebeu pelo menos 2 vezes.
Seus mistérios me instigam e minha clareza o ofusca.
Tenho fascínio pelo mundo plácido
e descomplicado que ele habita,
e ele vive intrigado pelo que supõe inalcançável em mim,
mas quando enfim eu digo "venha", ele entende "vá".
Quando um se sente em paz o outro quer a guerra.
É preciso me traduzir a cada centímetro do caminho
enquanto ele explica que eu também não entendi nada.
Discordamos sobre alguns conceitos
- particularmente o de facilidade -
sobre o que fazer com o dinheiro,
sobre como criar filhas aborrecentes, sobre nossos limites
e sobre o que queremos um do outro e um para o outro...
O desacerto é imenso, impossível abstrair..."
(Maité Proença)

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