domingo, 1 de novembro de 2009

BUQUÊ DE PRESSÁGIOS

"De tudo, talvez, permaneça o que significa.
O que não interessa.
De tudo, quem sabe, fique aquilo que passa.
Um gerânio de aflição.
Um gosto de obturação na boca.
Você de cabelo molhado saindo do banho.
Uma piada.
Um provérbio.
Um buquê de presságios.
Sons de gotas na torneira da pia.
Tranqueiras líricas na velha caixa de sapatos.
De tudo, talvez, restem bêbadas
anotações no guardanapo.
E aquela música linda que nunca toca no rádio..."
(Marcelo Montenegro)

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