segunda-feira, 1 de março de 2010

TU JÁ ME ARRUMASTE

"Tu já me arrumaste
no armário dos restos
eu já te guardei
na gaveta dos corpos perdidos
e das nossas memórias
começamos a varrer
as pequenas gotas de felicidade
que já fomos.
Mas no tempo subjetivo
tu és ainda o meu relógio de vento
a minha máquina aceleradora de sangue
e por quanto tempo ainda
as minhas mãos serão para ti
o noturno passeio do gato no telhado?"
(Isabel Meyrelles)

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