quinta-feira, 27 de agosto de 2009

A LUA LÁ FORA...

"Lá fora há uma lua encoberta pelo véu das águas;
uma claridade melancólica enche os céus
enquanto ouço o silencio da noite,
o silêncio de todas as coisas, o meu silêncio, o teu silêncio...
Quantas palavras são ditas em silêncio?
Quantas declarações de amor, de guerra
ou de adeus são feitas em silêncio?
Silêncio solene como esse que se instaurou agora...
Silêncio disfarçado em palavras,
palavras vazias, perdidas no tempo, no espaço,
no seu mais profundo significado... apenas palavras!
Uma música doce e forte semelhante em muito a tua voz,
preenche os vazios do Universo,
os caminhos da lua, essa mulher misteriosa e só,
admirada, cobiçada mas só...
A Lua é um pouco como você que chegou de repente,
invadiu tudo, encheu de beleza e cor
um espaço triste quase morto e quando podia,
enfim, desfrutar de sua criação começa a sair devagarzinho...
Mas, olha, a lua nunca diz que já vai ou que o dia está nascendo:
Você olha e olha e parece que ela ainda está ali,
e você vai olhando e a lua dentro dos seus olhos
lhe deixa impressão que não se foi;
você pisca e nesse átimo surgiu o sol
e ninguém nem sabe como a lua desapareceu!
É uma forma elegante de dizer Adeus,
é uma forma dolorida de sentir o adeus
porque fica tudo pairando no ar :
Já é dia mas parece que ainda há tempo para a madrugada;
você já foi, mas ainda diz que não
e eu tonto quero sim acreditar
que a cotovia ainda não cantou..."

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