quinta-feira, 13 de agosto de 2009

MEU PLATÔNICO AMOR...

Fico ali, te observando sem que ninguém perceba,
ou talvez percebam, acho que não importa mais,
eu que sempre me importei tanto.
Fico a espreita, ansioso para cada novo movimento,
os olhares, as mãos, a boca,
as pálpebras em um conjunto tão ordenado,
e coreografado com maestria,
capaz de revolucionar tudo aqui dentro.
Fico parado, quieto, tentando descobrir em ti
a essência que me fascina e desconstrói.
Não sei me defender dessa ternura que cresce escondida,
e seqüestra meus sonhos, desejos e pensamentos.
Um dia desses, você chegou bem perto,
e senti seu cheiro, era seu mesmo, puro,
desprovido daquelas essências
que torna qualquer pessoa insuportável.
Sonhei com você essa noite,
sonhei que eu sentia seu cheiro,
aconchegado nos seus braços.
Chorei quando acordei, eu não queria acordar,
eu queria ficar ali, nos teus braços.
Ah! Eu tinha tanta coisa para te contar.
Por um momento eu não tive medo.
Quando acordei fiquei estático,
procurando alguma coisa que não estava,
nem esteve ou jamais estaria ali...

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