sexta-feira, 7 de agosto de 2009

AMOR NÃO CONSUMADO...

Para mim e para você, escrevo que,
daqui de onde me encontro,
você está longe e perto,
e eu estou sozinho e não.
Do que sinto, aviso que é forte mas não é perigoso,
é como um grande lago sereno, eu sou o píer,
você é todo o resto, toda água, tudo o que há.
Você não me acharia covarde,
você não acharia nada:
você não me conhece.
Sou um vulto, um alguém,
você foi gentil comigo
como é com os garçons e os primos,
com os pedestres e com os turistas,
você foi o que sempre foi,
e eu não fui com você:
no terceiro minuto ao seu lado
eu já sabia que era irremediável,
e em vez de segurar sua mão
e reverter-lhe a pressa,
deixei que você fosse, eu fiquei.
Se eu lhe acompanhasse, rogaria por um beijo,
e de mãos dadas o nosso caminho seria compartilhado...
Mas eu sou mais um desses boçais que não falam,
que pensam demais antes do próximo passo,
e você é mais uma vítima de um amor não consumado...

2 comentários:

Anônimo disse...

Muitooo boouum adoreii isso foi muito tenso

Sheila Lima disse...

Isso foi maravilhosamente desesperador e me despertou uma espécie de saudade de algo que nem sei dar nome... Achei seu Blog pesquisando Paul Géraldy... Que grata surpresa! Estou um pouco mais rica hoje.