"Quero os amigos de longa data do dia que não acaba,
Quero os amigos que tenho na cabeça
Os que tenho em mente nunca conhecer pessoalmente
E não vão ter defeitos os meus amigos de nunca mais...
São eles aqueles com quem jogo cartas
Sem me preocupar com a morada certa
E desabafo com eles como quem tem falta de ar
E converso com eles nos intervalos das discussões
Que o resto do tempo fica para discutir
Quem é mais meu amigo
E fazem concursos para ver quem me lava melhor os pés
Quem me coça melhor as costas
Quem me dá o abraço mais apertado
Sem chegar ao ponto do desconforto...
Tenho tantas saudades deles
Que inventei as saudades que lhes tinha
E pedi que chorassem muito...
E disputam a amizade como um jovem lobo
Que aprende a caçar
E eu dou-me todo por não ter a quem mais me dar
E converso-me as palavras todas
Porque eles não existem.
E canto-me as canções mais doces
E cada vez tenho mais saudades
Dos amigos de nunca mais..."
sexta-feira, 25 de setembro de 2009
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