segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

DEPOIS O SILÊNCIO...

"Coloquemos um lenço sobre o rosto.
Não para o ocultar mas para que fique
mais nítido o que vemos.
Essa há-de ser a margem das nossas feições,
a sua mais próxima brancura.
A respiração nem o toca sequer.
Outra brisa começava a atravessar o peito.
Ela vem agora ao nosso encontro sem qualquer ruido,
como se as mesmas folhas estivessem ausentes.
Sabemos há muito que é assim.
Depois o silêncio
chega, porque foi sempre a ele
que estas vozes pertenceram..."
(Fernando Guimarães)

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