domingo, 31 de janeiro de 2010

SE ME ARDEU O PEITO...

"Se me ardeu o peito,
foi o amor que avisou a sua presença
e que a partir desse momento,
meus atos estariam sem freio
e a minha vida ficaria sem roteiro.
Se me ardeu o peito
foi o aviso que as minhas correntes seriam quebradas
e que seria obrigado a ceder, ceder e ceder.
Não sendo mais dono de meu caráter nem da minha estrada.
Quando arde o meu peito,
meu coração se envaidece,
pois é possuidor de uma nova vida. A sua.
O inimigo que mora no meu peito se chama sonho.
A boca que sussurra em meus ouvidos é a morte.
A poesia é sempre escrita com o meu sangue.
É preciso sentir dor para ser um poeta?
E os meus passos seguirão tortos
e a minha mente descabida da realidade.
Sou só teu. Sou prêmio na tua mão
que abandonas quando a novidade te encontra.
Mas meu peito permanece em chamas.
E por isso que sou um covarde.
Não consigo te esquecer.
Me despeço agora, não por não mais te amar,
Mas por tanto te amar.
Quando não mais sentir saudades de você, eu volto.
Pronto pra recomeçar.
Meu coração inflamado avisa que o amor é o meu fim.
E esse fim é um novo ponto de partida..."
(Alexandre Luís Pires)

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