domingo, 3 de janeiro de 2010

O AMOR QUE A GENTE TINHA

"Não me peça pra calar agora.
Essa é a minha hora de falar,
está bem escrito aqui, no roteiro.
Eu não preciso ter um final triste.
Também está escrito aqui.
Onde foi que meu personagem se perdeu do teu?
Foi na hora da mudança?!
Eu devia saber...
Senti que algo tinha ficado no caminho,
tinha se perdido. Nos perdemos.
Quando ouvi o barulho abafado de vidro quebrado,
achei que fosse algum prato, algum copo.
Mas nem era, era o amor que a gente tinha...
Eu pensava que ele era forte,
que resistiria ao tempo e ao vento, à má-sorte...
Ele não resistiu a mudança.
Caiu naquela rua, como é mesmo o nome?...
Desesperança."
(Raquel Medeiros)

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