"O que ofereces não chega.
Tua vontade tem o teu tamanho
e o corpo que lhe dás é o teu corpo
meu corpo anterior que me usurpaste.
Nem o reino que anuncias
pode abrir-se para ti
mais que os lábios rasgados do meu sexo.
Um parto é sem regresso.
E é já dos outros a fé que rege o mundo
e que os teus braços breves esticou
num abraço maior do que podias.
Não o teu verbo mas o teu corpo
eu quero que nele se transformou o meu poder.
Morre sozinho se não crês em ti.
Meu ventre bifurcando lembra ainda
a forma imaculada do teu crânio..."
(Helder Macedo)
quinta-feira, 29 de outubro de 2009
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