sábado, 31 de outubro de 2009

O FIM DO MUNDO

"No fim de um mundo melancólico
os homens lêem jornais.
Homens indiferentes a comer laranjas
que ardem como o sol.
Me deram uma maçã para lembrar a morte.
Sei que cidades telegrafam
pedindo querosene.
O véu que olhei voar caiu no deserto.
O poema final ninguém escreverá
desse mundo particular de doze horas.
Em vez de juízo final
a mim me preocupa o sonho final..."
(João Cabral de Melo Neto )

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