sábado, 2 de janeiro de 2010

LUZ

"Se eu pudesse deixar de correr, caminhava
Se eu pudesse deixar de caminhar
Sentava-me à sombra da nogueira azul do céu.
Se eu pudesse deitar-me,
Deitava-me numa cova com a forma
Do meu corpo em repouso.
Se eu pudesse deixar de cantar
Fechava os olhos e olhava o alto vazio
Onde não acontece nada
A não ser a conciliação provisória do caos
E da luz que não se cansa de nascer..."
(Casimiro de Brito)

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