domingo, 11 de outubro de 2009

FALANDO DE MIM...

"Não sou bom com números,
tão pouco com fórmulas,
com frases-feitas e com morais de história.
Gosto do que me tira o fôlego,
venero o improvável, almejo o quase impossível.
Meu coração é livre, mesmo amando tanto...
Tenho um ritmo que me complica.
Uma vontade que não passa.
Uma palavra que nunca dorme.
Quer um bom desafio?
Experimente gostar de mim.
Não sou fácil.
Não coleciono inimigos, apenas jogo fora aqueles
que não servem para ser meus amigos.
Quase nunca estou pra ninguém.
Mudo de humor conforme a lua.
Me irrito fácil.
Me desinteresso à toa.
Eu sou lúcido na minha loucura,
permanente na minha inconstância,
inquieto na minha comodidade.
Pinto a realidade com alguns sonhos,
e transformo alguns sonhos em cenas reais.
Choro lágrimas de rir
e quando choro pra valer
só falto cortar os pulsos.
Amo mais do que posso
e, por medo, sempre menos do que sou capaz.
Quando me entrego, me atiro
e quando recuo não volto mais.
Mas não me leve a sério,
sei que nada é definitivo.
Nem eu sou o que penso que eu sou.
Penso mais do que falo.
E falo muito,
nem sempre o que você quer ouvir.
Eu sei!
Gosto de cara lavada
-exceto por um traço preto no olhar-
pés descalços,
nutro uma estranha paixão por roupas pretas.
Se você perceber qualquer tipo de constrangimento, não repare,
eu não tenho pudores mas, não raro,
sofro de timidez -acretite em mim-.
E note bem:
não sou agressivo, mas defensivo.
Impaciente onde você vê ousadia.
Falta de coragem onde você pensa que é sensatez.
Tenho o desassossego dentro do bolso.
E um par de asas que nunca deixo.
Às vezes, quando é tarde da noite, eu viajo.
E -sem saber- busco respostas que não encontro aqui
e me perco em sonhos
que vez ou outra tornam-se pesadelos.
No mais, acordo chorando e assustado,
logo eu que adoro sorrir...
Mas não tem nada, não.
Bonito mesmo é essa coisa da vida:
um dia, quando menos se espera, a gente se supera.
E chega mais perto de ser
quem -na verdade- a gente é..."

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