terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

ESTE CORAÇÃO PARTIDO

"As raizes da confiança que depositaste em mim,
foram quebradas como um pilar partido ao meio.
Destruí os alicerces dessa construção.
Cortei a árvore e as raízes que nos uniam.
Quero dizer-te que não fui eu que o fiz.
Quero dizer-te que não, mas o meu corpo estava lá,
deitado nessa cama, que não era a nossa.
Eu sei, que eu não estava lá,
mas vejo o meu corpo nessas memórias
que torturam o teu coração.
Hoje, vejo que a minha alma não tinha a força
para pegar nesse machado que partiu
a tua confiança em mim, mas o meu corpo traiu-te.
Não existem razões para o ter feito,
e por mais razões que existam,
e por mais razões que te dê,
continuam a não existir razões
que justifiquem esse corpo ali deitado.
Traí-te. Hoje condeno o meu corpo,
que tu condenaste a dormir sozinho,
e castigo-o ao carregar dentro dele
este coração partido
com a confiança que ele partiu..."
(Pedro Pan Pina)

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