sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

POEMA DE UM AMIGO SECRETO

"Novamente a ti inscrevo mais algumas palavras.
A ti, agora, que és a tentativa de um ser boêmio,
meu sacerdote aprendiz,
a ti traduzo essas incompreendidas sentenças.
Se queres jovial ser, até o dia de teu perecer,
sê digno a ti mesmo, somente à tua verdade,
não à dos outros.
Refiro-me à jovialidade da alma, não a do corpo.
Se queres velho ser de alma,
aceita os preceitos dos outros como se fossm teus,
e te assassina, aniquila a tua potência,
como se tu pedisses um favor aos céus.
Nem os céus podem entender a tua alma,
porque estás além e aquém dos rituais dos deuses
e de suas frivulidades.
Queira pertencer a ti mesmo
para seres o que és -em essência-.
Não te limites a te imitar somente, dia a dia,
sendo assim cópia idêntica de teu espelho.
Sê camaleão de ti mesmo,
para que tua sombra não seja assistida
nem tu a copies.
Os outros, quando tentarem copiá-la,
ela já será luz,
e tu já estarás a caminhos remotos.
Novamente a ti inscrevo mais algumas palavras..."
(Fábio Rocha)

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