quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

QUANDO ESCREVO...

Quando escrevo
não sou homem nem mulher...
Sou Alma!
E a Alma pode ser
tudo quanto quizer!
Quando escrevo
não estou na Terra, no Céu,
ou no Inferno.
Estou no Além, no Eterno!
Quando escrevo
não existe Passado,
Presente ou Futuro
é a Vida que insiste em mostrar
a Verdade por toda a Eternidade!
Quando escrevo
não sou ocidental nem oriental,
dissolvem-se todas as fronteiras
desmoronam-se os grandes muros de aço.
Ilusões estas que nos corações amorosos
não encontram espaço!
Quando escrevo
não sou somente menina ou menino
à caminho do aprendizado da Vida;
ou Peregrina que busca
de peito aberto do caminho certo,
e que escuta a voz do vento
a lhe dizer que é dentro...
Quando escrevo
estou mais perto de ser apenas
um coração extasiado dentro do peito
do beduíno sonhador
mirando as estrelas à noite
na imensidão do deserto!
Quando escrevo não sou
apenas jovem, menina, menino,
anciã ou ancião,
pessoa branca negra ou mestiça,
sou vulcão expelindo lavas
das profundezas do coração
contra toda forma de injustiça!
Quando escrevo
vôo e vou além do claro e do escuro,
desvendam-se mistérios,
descortinam-se véus,
abrem-se outros Céus
que dão passagem a minha Alma...
Quando abre-se essa Porta
tudo o mais menos importa!
Então não mais sou, nem estou,
apenas fluo!
Em Paz!"
(Zenn Bell)

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