segunda-feira, 19 de outubro de 2009

DEIXAMOS DE SER UM...

"Acordo para o sol e sinto
a sombria ausência dos amigos
cujas asas se dilataram em relembrado naufrágio
na mesa ardida sob a clepsidra do tempo
os rostos fitavam-se na inquietude da partida
o vinho selava ou abria
a ferida iluminava pela última vez
o falso lugar onde pernoitávamos um dia
perdemo-nos por aí nos porquês
da escadaria sem degraus
escorregámos inúteis
à procura de melhor desastre
já não os ouço e deixamos de ser um..."
(Carlos Ramos)

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