sábado, 27 de fevereiro de 2010

SONETO DE VÉSPERA

"Quando chegares e eu te vir chorando
De tanto te esperar, que te direi?
E da angústia de amar-te, te esperando
Reencontrada, como te amarei?
Que beijo teu de lágrima terei
Para esquecer o que vivi lembrando
E que farei da antiga mágoa quando
Não puder te dizer por que chorei?
Como ocultar a sombra em mim suspensa
Pelo martírio da memória imensa
Que a distância criou - fria de vida
Imagem tua que eu compus serena
Atenta ao meu apelo e à minha pena
E que quisera nunca mais perdida..."
(Vinícius de Moraes)

Um comentário:

Karinna* disse...

*Rapaz! Garimpando Rubem Alves na web, deparei-me com teu blog. Vastíssimo acervo! E um apurado bom gosto literário. Sou leitora voraz e rabisco poesias. Muito prazer. Sou Karinna*. Meu blog: www.umolharazul.blogspot.com
Parabéns!
Um abraço
K*