segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

UMA VIAGEM LIBERTADORA

"Ele deita-se calmamente sobre a água fria.
Vejo o seu corpo desaparecer.
Fecha os olhos pesados
e mergulha num mar de memórias quentes
que refletem toda a sua vida.
O seu corpo despido de roupa
e de medos adormece dentro do mar.
E sem saber nadar inicia aqui
a viagem libertadora da vida.
Antes de fechar os olhos,
olhou para as suas pegadas gravadas na areia
enquanto engolia esses pequenos comprimidos
numa mão cheia de adeus.
Ele deita-se calmante sobre essa água
agora sem qualquer temperatura
já que o seu corpo se liberta de si mesmo
para poder sentir seja o que for.
Foi assim que imaginou essa viagem libertadora
até ao fundo do mar.
É assim que um dia
se irá calmamente despedir..."
(Pedro Pan Pina)

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