sábado, 15 de maio de 2010

A PRÓXIMA CASA DO JOGO

"Sempre fui de rompantes.
De me apaixonar e pegar um avião,
um trem, uma balsa, qualquer coisa
para ver a pessoa lá na Conchinchina.
Sem medo, sem expectativas,
só para viver momentos em tons de vermelho.
O coração acelera, o corpo aquece,
o sangue corre ligeiro.
Quero sempre descobrir o que há por trás das palavras.
Dificilmente paquero na noite, é preciso conversar,
pelo menos alguns minutos.
Um mínimo de estímulo intelectual.
Os grandes amores e amantes começaram assim comigo.
E do mesmo jeito que chegam, vão embora.
Sofro, me rasgo, me desespero.
Subo, desço, dou mil rodadas, me descontrolo,
adoeço, encho a cara. E esqueço.
Passo para a próxima casa do jogo."
(Vanessa Campos)

Nenhum comentário: