"Nossas asas não são tão precárias
que tenhamos de voar junto ao chão
ou apenas arrastar nosso peso.
Nem somos tão covardes que não possamos
botar a cabeça fora do casulo e espiar:
quem sabe no tempo do qual fugimos
nos aguarde, querendo ser colhido,
algo chamado futuro, confiança, projeto, vida.
Ainda que a gente nem perceba,
tudo é avanço e transformação,
acúmulo de experiência,
dores do parto de nós mesmos, cada dia refeito.
Somos melhores do que imaginamos ser.
Que no espelho posto à nossa frente na hora de nascer
a gente no fim tenha projetado mais do que um vazio,
um nada, uma frustração: um rosto pleno,
talvez toda uma paisagem
vista das varandas da nossa alma..."
(Lya Luft)
segunda-feira, 3 de maio de 2010
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