sábado, 8 de maio de 2010

O SILÊNCIO DAS MARÉS

"Com os olhos colados no silêncio
Vagueio pela memória do tempo
Sem os abrir...
Declino-me nos pensamentos faceis de digerir
Os outros meto-os no baú
Para que o tempo os mastigue
Com os olhos colados no silêncio
Deslizo pelo mar procurando que ele me ensine
A afogar o sal que me corrói a pele
Acalmando-a como acalma as suas marés
Com os olhos colados no silêncio
Toco de leve na tua face
Que continua tão presente em mim
E sinto as palavras saltitantes
Nos teus lábios em silêncio
Quanto aos meus olhos...
eles vagueiam á altura das ondas...
Sigo esse silêncio...
Até o mar me responder..."
(João Paulo Lisboa)

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