domingo, 27 de dezembro de 2009

LIMITO-ME A SENTIR...

O meu limite já não és tu,
nem ele, nem eles, sou eu.
O meu limite é viver,
sentir, voar e correr.
O meu limite, é percorrer
um mundo que é meu.
A velocidade aumenta,
o vento fica frio e demente,
o rosto gela, o coração aperta,
aumenta o respirar,
vim, voltei, cheguei,
regressei felizmente,
agora é a esta liberdade
a quem me vou entregar.
Cuspi sangue, mas não sou mais
o corpo dissecado,
deixei papéis, canetas, lápis, mochilas,
sem nada acordei.
Perdi tudo, assim o quis,
regressei livre, como havia sonhado.
A ti, conquistei, a vocês conquistei,
a eles perdi.
O mundo era meu, o nada era meu,
continuei a correr,
que bom este sabor fresco de liberdade,
é tão bom voar,
que bom que é marchar além...
quem bom que é saber me amar.
Mais, quero mais velocidade,
quero ir ainda mais além,
regressei do tudo e agora sou o nada,
que bom é, mais ninguém me tem...
Limitei-me a crescer,
limitei-me a saber sorrir,
Limitei-me a entregar,
limitei-me a tentar,
limitei-me a sonhar,
agora sou pedra, sou flor,
agora limito-me a regressar,
agora?
Ainda consigo, venci:
-Limito-me a sentir...
...regressei!"
(N. Impossible Prince)

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