"Cá dentro, 
mais dentro que o ar que se agita pelo meu corpo, 
tão dentro que me dói até os pulmões ao respirar. 
O mal que me fiz, 
vê-lo reflectido nos outros faz com que me esconda, 
escondida de mim escondo-me do mundo e perco o meu rumo, 
os meus próprios passos são a melodia 
de um adeus que me hás-de dar. 
Saber que já não sei que é feito de mim, 
quando dentro de nós há um todo em vazio 
que se agita à minha frente e quase me ocupa o corpo, 
estranha sensação tão modesta, tão humilde, 
tão sincera, tão pura de ser. 
Quando nos apetece rebentar por dentro 
e deixar que se solte aquele grito 
que vocês por muito que queiram não podem dar. 
O que vos quero dizer é que vos amo, 
não quero deixar claro que continuo a mesma 
mas quero deixar claro que o meu espaço 
não deixa de ser o vosso, 
mesmo não sendo eu ou sendo uma outra eu 
que se revela de vez enquanto..." 
(Margarete da Silva)
segunda-feira, 14 de dezembro de 2009
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